JBDuquia
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Entrevista com Gilles Brougère sobre o aprendizado do brincar
Filósofo francês explica que o jogo é uma construção social que deve ser estruturada desde cedo. E o professor pode enriquecer essa experiência
Thais Gurgel (novaescola@atleitor.com.br)
GILLES BROUGÈRE "O brincar tem de se desenvolver em aberto, com possibilidades variadas. Quando todos sabem quem vai ganhar, deixa de ser um jogo." Foto: Marina Piedade
Desde então, ele pesquisa a cultura lúdica da perspectiva da sociedade na qual cada criança está inserida. É o contexto social, diz ele, que determina quais serão as brincadeiras escolhidas e o modo como elas serão realizadas.
Seus estudos indicam que os pequenos se baseiam na realidade imediata para criar um universo alternativo, que ele batizou de segundo grau e no qual o faz de conta reina absoluto. Graças a um acordo entre os participantes - mesmo os muito pequenos -, todos sabem que aquilo é "de brincadeira". Por isso, fica fácil decidir quando parar. Pelo mesmo motivo, um jogo não pode ser nem muito entediante nem muito desafiante ao ponto de provocar ansiedade.
No final de 2009, Brougère esteve no Brasil e conversou com NOVA ESCOLA, inclusive sobre a relação do brincar com a violência
Continue lendo...http://revistaescola.abril.com.br/crianca-e-adolescente/desenvolvimento-e-aprendizagem/entrevista-gilles-brougere-sobre-aprendizado-brincar-jogo-educacao-infantil-ludico-brincadeira-crianca-539230.shtml?page=0
Acesso em 12/06/2013.JBDuquia
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FESTA JUNINA
Você sabe a origem da festa junina?
As Festas Juninas são celebradas ao longo do mês de junho. Sua origem foram as festas pagãs, com fogueiras e queimas de fogos para afugentar os maus espíritos. Elas começaram nos campos e plantações originando os trajes típicos de caipiras e sinhazinhas, com casamento de roça, discurso do padrinho, as capelinhas decoradas etc.e em celebrar os bons resultados da colheita e também, pedir que o próximo plantio traga bons frutos. São João é o santo protetor das colheitas e se faz comemorar com seus seguidores: Santo Antonio e São Pedro (assim, 24, 13, 29 de junho).
Esta festividade demonstra devoção e homenagem dos devotos. As festas juninas estão enraizadas de arte popular com suas influências próprias das regiões, cheias de pureza, ingenuidade, poesia e inspiração.
Esta festividade demonstra devoção e homenagem dos devotos. As festas juninas estão enraizadas de arte popular com suas influências próprias das regiões, cheias de pureza, ingenuidade, poesia e inspiração.
Vamos agora aprender um pouco mais sobre alguns elementos e atividades que toda a festa junina tem, segue:
Fogueira
A fogueira na festa junina representa chama de vida e boas novas. Elas são utilizadas para esquentar as comidas típicas, como canjica, curau e até mesmo o quentão, bebida própria para aquecer em dias de frio, temperada com gengibre. A fogueira, fica em envidência na festa e é rodeada por lanternas e bandeirinhas formando o típico ambiente de arraial.
Música
A música é tocada ao longo da festividade sob o ritmo acentuado de forró. A banda é um item imprescindível, funciona como animadora. A banda esta composta de vários instrumentos como: tambores, bongós, pauzinhos, guisos, reco-reco, berimbau, cackeckê, triângulos, etc.
Para ver a letra de algumas das musicas mais tradicionais.
Dança
Existem diversas danças, mas a mais conhecida é a quadrilha.
A quadrilha é uma dança feita para agradecer a boa colheita e homenagear São João, Santo Antônio e São Pedro. Nela, um marcador comanda a dança. Os comandos devem ser seguidos e respeitados.
Esta dança típica chegou ao Brasil durante o período regencial e fez grande sucesso na corte do Rio de Janeiro, caindo depois no gosto popular. A sanfona, a vila, o violão e o triângulo são instrumentos muito utilizados para acompanhar a quadrilha.
A dança começa com os casais posicionados frente a frente. Os cavalheiros cumprimentam as damas e em seguida, as damas cumprimentam os cavalheiros. Eles trocam de lado, em seguida o cavalheiro busca a dama e começa o grande passeio pela roça. Esse passeio apresenta diversas interferências ditas pelo marcador, como "olha a chuva, "olha a cobra". Ao final, o casal despede-se.
Brincadeiras
Corrida de sapatos
Os sapatos dos participantes da atividade são misturados e colocados a uma certa distância da linha de partida. Após o sinal, os jogadores devem ir pulando com o pé esquerdo até o local onde estão os sapatos estão, calçar e voltar ao ponto de partida. Os participantes que calçarem os sapatos errados ou trocados serão desclassificados.
O jogo também pode ser realizado em equipes. A equipe que terminar de calçar os sapatos e voltar ao ponto de partida primeiro, vence o jogo.
Corrida do ovo
É estabelecido um ponto de partida e de chegada. Os participantes devem estar posicionados no ponto de partida. Eles receberão uma colher com um ovo. A colher é colocada na boca. Vence o participante que chegar ao final primeiro sem derrubar o ovo da colher.
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Usar a poesia para desenvolver a oralidade
Conheça um jeito lúdico e eficiente de expandir o universo de comunicação dos pequenos
Deborah Trevizan (novaescola@atleitor.com.br)
Desenvolver a oralidade é uma das habilidades que se espera nos primeiros anos de escolaridade. Nas turmas de pré-escola, é possível fazer isso de diversas formas. Brincadeiras cantadas, como músicas e cantigas de roda, ou faladas, como trava-línguas e parlendas, sempre são bem recebidas nessa idade. De forma lúdica, elas ampliam as possibilidades de comunicação e expressão e promovem o interesse pelos vários gêneros orais e escritos. O Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil prevê que os conteúdos ligados a essa área devem ser divididos em três blocos nas classes de 4 e 5 anos de idade: falar e escutar, práticas de leitura e práticas de escrita. Assim, num bom trabalho com esse tema a oralidade, a leitura e a escrita são apresentadas às crianças de forma integrada e complementar. O objetivo é potencializar os diferentes aspectos que cada uma dessas linguagens exige das crianças.
De acordo com a consultora pedagógica
de NOVA ESCOLA e da Fundação Victor Civita, Regina Scarpa, levar turmas de pré-escola a desenvolver
a oralidade é ampliar sensivelmente as possibilidades de comunicação. O ideal é que o professor articule
esse trabalho com tarefas de leitura e escrita, como o manuseio de livros, revistas e outros materiais, com
o objetivo de criar o hábito e o apreço pela leitura e, com isso, despertar também o interesse pela escrita. Entre os diversos gêneros textuais, a poesia
se adapta muito bem a esse tipo de atividade. Na Escola Nossa Senhora do Morumbi, em São Paulo, isso
já é realidade há mais de cinco anos (leia o quadro ao lado). E você também pode conduzir sua turma por esse caminho. O CD que vem encartado com esta edição especial, do cantor e compositor Gabriel o Pensador, traz quatro músicas e um poema, chamado
Sandra e Pedro, que o próprio artista declama num vídeo gravado especialmente para NOVA ESCOLA On-line. Convide a criançada a acessar o site e ver as imagens antes de
colocar o CD para tocar. Outra forma de ampliar o universo discursivo é o reconto de histórias. Nesses momentos, os pequenos se apoiam em enredos conhecidos, criam diálogos e até mudam a voz para representar um personagem.
Hora de brincar com as palavras
Na Escola Nossa Senhora do Morumbi, em São Paulo, a professora Débora Corrêa ensina poesia para turmas de 4 anos desde 2002. O projeto Poesia Também se Aprende tem por objetivo permitir que as crianças brinquem com as palavras e percebam as diferenças
entre ritmos e sonoridades, cantar e recitar, falar e recitar. Após cinco anos de trabalho, ela diz que a garotada aprende a reconhecer, compreender e dar significado às palavras. Sem falar que o vocabulário enriquece, pois todos aprendem novas expressões no contexto em que elas devem ser usadas, afirma. A poesia estimula o raciocínio ao
brincar com as palavras. E os menores, que ainda têm dificuldade para se expressar, aproveitam muito essas oportunidades de troca, até porque os textos sempre representam situações reais.
Ao longo do primeiro semestre, ela apresenta os textos para as crianças ampliarem o repertório. Todos os dias, na roda de conversa, alguns poemas são recitados em conjunto. A atividade começa com textos bem conhecidos. Pouco a pouco, o cardápio vai aumentando. Débora usa poesias curtas, de fácil memorização e com situações
próximas da realidade. Parte do trabalho é manusear os livros para garantir que todos reconheçam o nome da obra, do autor e do poema. Essa foi uma idéia que surgiu durante o projeto, quando percebi que muitos ficavam extremamente interessados quando eu citava a obra e o poeta. Hoje, eles não só identificam os livros como também sabem até as páginas em que estão os versos prediletos. Raridade, de José Paulo Paes (abaixo), está nessa categoria. O jogo de palavras, que faz com que Arara vire Arrara, num contexto que fala sobre a extinção dos animais, cativa a meninada. Já em A Boneca, de Olavo Bilac, as crianças se identificaram com o tema: a disputa pelos brinquedos. Fiquei perplexa ao ouvir o grupo dizer, antes mesmo que eu terminasse de recitar, que não havia gostado da
poesia. Quando perguntei por quê, eles disseram que era porque as meninas estavam brigando, mas, na verdade, eles se incomodaram com a situação retratada, não com o texto em si.
Depois do mergulho no mundo da poesia, Débora montou um livro com as preferidas do grupo e cada um teve direito a um exemplar, ilustrado coletivamente. Além disso, pais, amigos e as próprias crianças gravaram uma fita cassete (com vários outros poemas não lidos em classe), o que favoreceu a memorização e possibilitou a ampliação do repertório, num trabalho que misturou oralidade e memória cultural. Para encerrar, a professora organizou um sarau de poesia, em que os pequenos declamaram os textos para familiares e funcionários da escola.
De acordo com a consultora pedagógica
de NOVA ESCOLA e da Fundação Victor Civita, Regina Scarpa, levar turmas de pré-escola a desenvolver
a oralidade é ampliar sensivelmente as possibilidades de comunicação. O ideal é que o professor articule
esse trabalho com tarefas de leitura e escrita, como o manuseio de livros, revistas e outros materiais, com
o objetivo de criar o hábito e o apreço pela leitura e, com isso, despertar também o interesse pela escrita. Entre os diversos gêneros textuais, a poesia
se adapta muito bem a esse tipo de atividade. Na Escola Nossa Senhora do Morumbi, em São Paulo, isso
já é realidade há mais de cinco anos (leia o quadro ao lado). E você também pode conduzir sua turma por esse caminho. O CD que vem encartado com esta edição especial, do cantor e compositor Gabriel o Pensador, traz quatro músicas e um poema, chamado
Sandra e Pedro, que o próprio artista declama num vídeo gravado especialmente para NOVA ESCOLA On-line. Convide a criançada a acessar o site e ver as imagens antes de
colocar o CD para tocar. Outra forma de ampliar o universo discursivo é o reconto de histórias. Nesses momentos, os pequenos se apoiam em enredos conhecidos, criam diálogos e até mudam a voz para representar um personagem.
Hora de brincar com as palavras
Na Escola Nossa Senhora do Morumbi, em São Paulo, a professora Débora Corrêa ensina poesia para turmas de 4 anos desde 2002. O projeto Poesia Também se Aprende tem por objetivo permitir que as crianças brinquem com as palavras e percebam as diferenças
entre ritmos e sonoridades, cantar e recitar, falar e recitar. Após cinco anos de trabalho, ela diz que a garotada aprende a reconhecer, compreender e dar significado às palavras. Sem falar que o vocabulário enriquece, pois todos aprendem novas expressões no contexto em que elas devem ser usadas, afirma. A poesia estimula o raciocínio ao
brincar com as palavras. E os menores, que ainda têm dificuldade para se expressar, aproveitam muito essas oportunidades de troca, até porque os textos sempre representam situações reais.
Ao longo do primeiro semestre, ela apresenta os textos para as crianças ampliarem o repertório. Todos os dias, na roda de conversa, alguns poemas são recitados em conjunto. A atividade começa com textos bem conhecidos. Pouco a pouco, o cardápio vai aumentando. Débora usa poesias curtas, de fácil memorização e com situações
próximas da realidade. Parte do trabalho é manusear os livros para garantir que todos reconheçam o nome da obra, do autor e do poema. Essa foi uma idéia que surgiu durante o projeto, quando percebi que muitos ficavam extremamente interessados quando eu citava a obra e o poeta. Hoje, eles não só identificam os livros como também sabem até as páginas em que estão os versos prediletos. Raridade, de José Paulo Paes (abaixo), está nessa categoria. O jogo de palavras, que faz com que Arara vire Arrara, num contexto que fala sobre a extinção dos animais, cativa a meninada. Já em A Boneca, de Olavo Bilac, as crianças se identificaram com o tema: a disputa pelos brinquedos. Fiquei perplexa ao ouvir o grupo dizer, antes mesmo que eu terminasse de recitar, que não havia gostado da
poesia. Quando perguntei por quê, eles disseram que era porque as meninas estavam brigando, mas, na verdade, eles se incomodaram com a situação retratada, não com o texto em si.
Depois do mergulho no mundo da poesia, Débora montou um livro com as preferidas do grupo e cada um teve direito a um exemplar, ilustrado coletivamente. Além disso, pais, amigos e as próprias crianças gravaram uma fita cassete (com vários outros poemas não lidos em classe), o que favoreceu a memorização e possibilitou a ampliação do repertório, num trabalho que misturou oralidade e memória cultural. Para encerrar, a professora organizou um sarau de poesia, em que os pequenos declamaram os textos para familiares e funcionários da escola.
Raridade
JOSÉ PAULO PAES
A Arara
É uma ave rara
Pois o homem não pára
de ir ao mato caçá-la
para a pôr na sala
em cima de um poleiro
onde ela fica o dia inteiro
fazendo escarcéu
porque já não pode
voar pelo céu
E se o homem não pára
de caçar arara,
hoje uma ave rara,
ou a arara some
ou então muda seu nome
para arrara.
JOSÉ PAULO PAES
A Arara
É uma ave rara
Pois o homem não pára
de ir ao mato caçá-la
para a pôr na sala
em cima de um poleiro
onde ela fica o dia inteiro
fazendo escarcéu
porque já não pode
voar pelo céu
E se o homem não pára
de caçar arara,
hoje uma ave rara,
ou a arara some
ou então muda seu nome
para arrara.
Acesso em 08/06/2013.JBDuquia
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